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A história da radiofrequência

A aplicação de energia eletromagnética com fins medicinais teve início em 1892 com D`Arsonval e posteriormente no ano de 1908 por Zeynek e Nagelschmidt, criadores do termo diatermia que significa “aquecimento através de”. A diatermia de ondas longas que empregava primeiramente uma freqüência de 1 MHz foi substituída nos anos 30 pela diatermia de ondas curtas com freqüência muito superior, 27 MHz (comprimento de onda 11m). no princípio dos anos 50, as chamadas micro-ondas foram introduzidas com freqüências da ordem de GHz e comprimento de onda de pouco centímetros.

 

A relação entre a freqüência e o comprimento de onda é inversamente proporcional, e a constante de proporcionalidade é a velocidade com que a energia se propaga em um meio.

Diferente da maioria das energias, a energia eletromagnética se propaga na ausência da matéria, ou melhor, propaga-se no vácuo absoluto e com a velocidade da luz.

 

No século XIX D`Arsonval, médico e físico, realizou um experimento forçando uma corrente elétrica através de seu corpo e de um de seus assistentes, relatando sensação de aquecimento sem promover contrações musculares. Trabalhos subseqüentes levaram ao desenvolvimento de métodos indutivos e capacitivos de aplicação de correntes de alta freqüência ao corpo humano para produzir o que se propunha ser um aquecimento não superficial (SCOTT ET AL., 2003).

 

Radiofrequência

 

Trata-se de uma modalidade terapêutica que utiliza radiações do espectra eletromagnético na ordem de kilohertz (KHz) a Megahertz (MHz), ou seja, energias usadas em rádio transmissões. Por ser uma energia transmitida em formas de ondas, com alternâncias cíclicas de polaridade e freqüência elevada, não produz efeitos neuromusculares intensos e nem eletroquímicos significativos.

 

Entretanto provoca efeitos de aquecimento pela conversão ou absorção dessa energia nos tecidos. Este processo, como já mencionado, é chamado de diatermia e é utilizado há anos como termoterapia profunda (Agne, 2004).A onda eletromagnética de radiofreqüência atravessa os tecidos entre os eletrodos e causa aumento de temperatura de acordo com a lei de Joule. De acordo com esta lei, quanto maior a corrente elétrica através de uma carga resistiva (tecido), maior a produção térmica (Soriano, Pérez e Baquês, 2000).

 

Produção de calor nos decidos 

 

O principal efeito da transmissão de ondas de alta freqüência nos tecidos é o aquecimento. Essa conversão de energia elétrica em energia térmica ocorre de três formas: Íons livres, moléculas dipolares e moléculas não polares.

 

Indicações:

 

  1. Flacidez e envelhecimento cutâneo (elastoses)

  2. Linhas de expressão

  3. Paniculopatia Edemato Fibro esclerótica – PEFE (Celulite)

  4. Cicatrizes hipertróficas e quelóides

  5. Aderências e fibroses

  6. Analgesia (não relacionada a processo inflamatório agudo

  7. Regeneração de tecidos moles (nos estágios de proliferação e remodelamento)

  8. Acne ativa e em fase cicatricial

  9. Processos inflamatórios crônicos

  10. Edema crônico de membros (associado à elevação)

Salienta-se que o equipamento SPECTRA apresenta melhores resultados em tratamentos que envolvam flacidez cutânea, envelhecimento, fibroses e aderências, celulite. Resultados em adiposidade localizada tendem a não serem tão expressivos quanto os resultados das afecções citadas acima. (Soriano, Pérez e Baquês, 2000; Low e Reed, 2001; Martín, 2001; Scott et al., 2003)​

 

Contraindicações:

(Soriano, Pérez e Baquês, 2000; Low e Reed, 2001; Martín, 2001; Scott et al., 2003; Agne,2004)

 

  1. Alteração de sensibilidade local

  2. Peles sensibilidades com couperose e telanglectasias

  3. Portadores de marca-passo cardíaco

  4. Neoplasias

  5. Gestantes (também não é indicado para a profissional que aplica o equipamento)

  6. Lesões tuberculosas ativas

  7. Trombose venosa profunda

  8. Lúpus eritematoso sistêmico

  9. Condições hemorrágicas ou probabilidade de esta ocorrer

  10. A aplicação próximo ao tórax (região cardíaca), há risco de fibrilação cardíaca

  11. Diabéticos

  12. Sobre globo ocular. Recomenda-se cautela em aplicação periocular: respeitar o limite ósseo

  13. Sobre a glândula tireóide (indica-se que na região do pescoço o limite mandibular deve ser respeitado)

  14. Martin (2001) contraindica a aplicação de diatermia em região abdominal baixa de pacientes que fazem uso de dispositivo intra-interino (DIU)

 

Contraindicações Relativas:

 

  1. Processos infecciosos

  2. Tecido isquêmico

Pode-se utilizar nas bordas do tendão (não sobre ele), para maior migração de células de defesa e vaso dilatação.

 

 

 

 

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