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Queimadas: Consequências e Restauração Florestal


Nos últimos dias, com muito pesar tem-se assistido a notícias de queimadas. O fogo, elemento transformador, consumiu diversas áreas de mata pelo Brasil, inclusive na nossa Região. Um incêndio de grandes proporções que foi só controlado no último domingo (24/09) destruiu 1.200 hectares de mata atlântica na cidade de Bananal-SP; na Chapada dos Guimarães em Mato Grosso foram 4.300 hectares consumidos pelo fogo; 35 mil hectares foi o resultado da queimada no Parque da Ilha Grande.


De acordo com a série histórica do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que iniciou suas atividades de monitoramento em 1998, o ano de 2017 vem batendo recordes de queimadas visto que o mesmo ainda não acabou. No gráfico abaixo é visto a relação do ano com o número de focos de incêndio aos milhares.





Para comparação, o acumulado de janeiro a setembro em 2017 houve um aumento de 51% a mais do que 2016. Um dado preocupante, pois a intensidade e área atingidas também aumentou significativamente, sendo que a causa dos incêndios nessa época do ano é, em sua maioria proveniente da ação humana.




As queimadas no Brasil são provocadas, principalmente, pelo setor agrícola, na limpeza de terreno, cultivo de plantações ou formação de pastos. No entanto, usar o fogo com esses objetivos não traz nenhum benefício ao produtor além de ser crime segundo artigo 38 da Lei 12.651 de 2012.


A problemática e as consequências relacionado com os incêndios são os mais variados causando perdas ambientais, mais também prejuízos econômico e social: o fogo deteriora a qualidade do ar, provoca a perda de qualidade dos solos e a sua biota, leva a poluição de nascentes águas subterrâneas e rios por meio das cinzas, leva o fechamento de aeroportos por falta de visibilidade, reduz a biodiversidade, aumenta prejudica a saúde humana, atinge o patrimônio público e privado (matas, cercas, linhas de transmissão e de telefonia, construções), alteram a composição química da atmosfera e influem, negativamente, nas mudanças globais, com liberação em grande escala de CO2, gás estufa que contribui para o aprisionamento do calor proveniente da radiação solar.


Com o aumento de gases estufas na atmosfera provenientes das queimadas, a radiação solar refletida pela superfície da terra fica retida pela absorção em partículas como o CO2. Quando este balanço natural é perturbado, particularmente pelo aumento ou pela diminuição dos gases de efeito estufa, a temperatura da Terra pode ser seriamente afetada porque são estes, que regulam a temperatura da Terra.


A Restauração Florestal:


As consequências das queimadas para a fauna e flora são desastrosas, modificando todo o ecossistema direto ou indiretamente. A execução de um projeto de restauração se faz necessária quando um ecossistema sofre um distúrbio e não consegue se recuperar, ou retornar ao seu estado original.

A cadeia trófica é alterada de tal forma que ocorre uma ruptura em sua base onde os produtores que se encontram no início da cadeia são praticamente “zerado”, provocando uma reação em toda a estrutura. Uma das consequências diretas para a fauna é a busca de outras áreas em busca de alimentos e abrigo.


Os projetos de recuperação florestal em geral utilizam dados de engenharia para dimensionar a área de influência afetada e sua perda de biodiversidade, para dessa forma, projetar um programa de Recuperação de Área Degrada.





Os levantamentos fitossociológicos e florísticos servem para compreender a natureza daquele ecossistema perturbado, e assim auxiliar a recuperação com o plantio de mudas daquele habitat em específico.


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O objetivo principal é restaurar os processos ecológicos para que se consiga uma comunidade funcional, para que a recuperação ocorra posteriormente sem a intervenção humana, de forma sustentável. Assim, a importância do conhecimento da área a ser recuperada para que o ecossistema possa de auto-sustentar ao longo do tempo, como acontecia anteriormente a queimada.



Conclusão:


É importante que a origem da causa dos incêndios seja extinta, como a grande maioria das causas dos incêndios florestais nessa época do ano é proveniente de ações antrópicas, é necessário que ocorra uma educação ambiental efetiva junto a sociedade. Muitos incêndios têm como origem as queimadas não controladas, ou seja, incêndios criminosos.


É responsabilidade de cada cidadão manter o meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum, compreendendo e exercendo a fundo seu papel e suas responsabilidades através de uma educação consciente.


A Holística do Brasil repudia qualquer ação incendiária para supressão de vegetação e lamenta a perda ambiental e social provocada pelas queimadas.


Temos esperança em um meio ambiente equilibrado, sadio e prospero e com muito dedicação e trabalho podemos deixar um mundo melhor para próxima e futuras gerações!

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